É sempre desconcertante ver Gena Rowlands no ecrã. Sempre para além de tudo: da técnica de interpretação, do fingimento das emoções. Cassavetes procura o amor nos seus filmes, Rowlands é o seu rosto que se abre e põe a fronteira entre a lágrima e o riso disparato e embriagado muito perto do coração. Não sei como definir, senão dizendo que os filmes de Cassavetes e as interpretações de Rowlands são emocionais no sentido mais aberto da palavra. Penso que ninguém finge nestes filmes, todos sabem o que fazem e o que dizem, quando acertam e quando erram, e todos sabem que é a coisa mais importante do mundo, aquela que põe tudo de lado e apaga o acessório da vida: as emoções, o amor, o sentir-se acompanhado na sua solidão.
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